quarta-feira, 10 de março de 2010

Ela estava correndo com os preparativos de sua viagem. Era a primeira vez que iria para um lugar desconhecido sem pais... ela estava nas nuvens.

Ele, por sua vez, também viajaria. Com seu jeito um pouco envergonhado e um pouco fechado para novas experiências, mas mesmo assim iria.

Ela viajaria e faria amizade com todas as garotas e garotos do hotel, menos um. Ele, por sua vez, e em consequencia de ter amigos tão extrovertidos quanto ela, também conheceria a todos e a todas, menos uma.

Apesar da viagem, e de todo o extrovertimento dela, eles passaram despercebidos um pelo outro.

Depois dissso veio a mudança na vida dela. E na dele também. Eles seguiram rumo ao mesmo local, e com certeza se trombaram mais umas infinitas vezes, no dia da prova, na escola dele, nos eventos da escola dele que ela sempre ia. Ah, ela ia estudar com ele. E eles se dariam tão bem que seriam melhores amigos.!

Mas não, Deus deu a ela outro melhor amigo. E sim, Deus deu a ele outras amigas (ele não tivera uma MELHOR amiga como ela tinha o MELHOR amigo).

Durante 3 longos anos de colégio eles se viam... deviam ate se cumprimentar com olhares... (ele olha pra ela e ela encabulada abaixa os olhos e ajeita o cabelo atras da orelha, como sempre faz com seu longo cabelo louro escuro quanto está envergonhada).

Ah, sem esquecer que ela conheceu a amiga dele.! Ela ia nos lugares onde ele estava. Via ele. Mas não sabia dele. Devia até admira-lo por seu talento e brilho (que viu ficar mais forte e intenso...), mas nunca soube que era ele.

Ela decidiu tomar uma atitude na vida dela (ah sim, depois de muitas mágoas... ela decidiu ser mulher, forte e independente). Ela acabara de cortar seu cabelo para encarar o mundo de frente.

Ele a viu. Ela o viu. Mas ele viu primeiro! Ele enxergou ela. Mas ela só viu ele.
Ela virou o amor da vida dele. Ele olhava pra ela diferente. Ele falava com ela diferente. Mas ele acabara de conhecê-la. Como pode saber quem ela é, e a que veio??

Ela, mais uma vez, magoada e sozinha, encontrou nele seu segundo melhor amigo. E cada dia mais ele a amava sem ela saber.

Um dia eles se beijaram. Pra ele foi uma explosão. Pra ela foi um beijo legal. Os dias foram passando. Ele tinha uma necessidade dela que aumentava cada dia mais e mais. Ela tinha necessidade de alguém pra preencher o vazio que se instalara no peito dela (ela realmente tinha problemas demais pra pensar).

Ele a amava. Ela adorava sua companhia. Ele decidiu tomar uma atitude na sua vida. Convidou-a para um passeio... era oito de março (ela podia não ama-lo, mas ela sempre foi boa em memorizaar datas). Eles andaram, ela fez um monólogo a respeito de suas atitudes não tão louváveis quanto ele achava que eram. Ele a escutou com atenção, e esteve do seu lado enquanto ela ficava sozinha.

Ele disse que a amava. O coração dela disparou "como pode depois de tudo o que eu falei sobre mim para ele, ele ainda me amar?", ela não teve tempo pra pensar na resposta. Ele queria passar os dias com ela. Ele a pediu em namoro. Ah, ela não esitou. Mas o que era aquilo que estava acontecendo naquela noite de domingo? Ela não sabia dizer. Ele não tinha palavras, só um sorriso enorme e cheio de dentes na boca.

Ela amava ele, mas não ele que a amava. Ela amava ele que a desdenhava, que a ignorava e pisava nela. Aquele qua havia magoado ela a pouco. Ela pensou que ia morrer doida. Ela pensou que ele ia morrer se ele soubesse disso, mas mesmo assim ela foi contar.

Ele era cheio de mistérios e segredos. Mas havia alguma coisa nela que o fazia se abrir. Ela falou. Ele disse que compreendia e respeitava, e sorriu um sorriso só de lábios e aparências. Até então ela nunca vira tanta tristesa em seus olhos. Foi como se ela tivesse sendo esfaquiada (tá foi forte a comparação, nunca fui esfaquiada, mas acho que deve doer tanto quanto o olhar dele).

Ela fez novos amigos, mas mantinha ele no hall principal. Ele quis assim. Ele não fugiu. Foi forte, enfrentou seus medos e suas dores, ela sabia que doia pra ele. Ele sempre lembrava ela que ele a amava, mas sabia que de nada iria adiantar. Ela gostava dele, da presença dele, da forma como ele fazia com que ela se sentisse segura, forte e independente. Por isso ela não fugia de suas vontades humanas (hora, todos nós temos paixões carnais), ela pensou que usava ele e resolveu parar de vê-lo.

Até hoje ela acha que ele chorou naquele dia. E em varios outros que ela disse coisas feia pra ele. Ela nunca perguntou sobre a dor dele. Ele nunca perguntou sobre a dor dela.

Ela dizia aos novos amigos que ele era o cara perfeito, mas tinha defeitos inaceitáveis (bem, ela achava que eram até se apaixonar por ele). Mas ela foi sincera de novo e contou pra ele tudo o que sentia. Ele simplesmente ouviu e assentiu com a cabeça.

Ele mudou. Ele mudou por ela, por amor a ela. Ele queria faze-la feliz, e só. Ela arreganhou seus olhos. Não podia acreditar no que via. "quem é ele? o que fizeram com o que era ele?" sentiu falta do ele de antigamente. Mas esfregou os olhos pra enchergar melhor o novo ele. Ele era ele mesmo, o velho e o novo, tudo junto, mais maduro, menos criança, mas durão, mas independente, mais dono da vida dele.

O que foi aquilo que ela sentiu? Ela sentiu uma força que não tinha tamanho. Ela não se segurou, ela cedeu e caiu. Caiu nos braços dele. Ela sentiu aquele frio na barriga que ela não sentia havia muito tempo. Ela quis rir, chorar, gritar, pular, dançar, beijar, abraçar... tudo ao mesmo tempo. ela achou que estava ficando louca.

Mas ela estava amando. Ela estava amando Ele. Ele que esperou. Ele que amou-a por tanto tempo em silêncio. Ele que esteve do seu lado rindo, chorando, brigando. Ele que a enxergou, da primeira vez que a viu. Ela o enxergou também. Ela resolveu que queria passar os dias com ele. Ela pediu. A vontade de amar dela era tão grande que se não fosse por seu juizo capenga que sua mãe tinha lhe dado, pedia ele em casamento.

Ela não sabia onde terminava ela e começava ele. Ele não sabia onde terminava ele e começava ela. Eles eram bebes e velhos rabugentos. Eram crianças, adultos e adolescentes revoltados e inprevisiveis. Eles eram fogo e água um do outro e eram fogo e água um pro outro. Eram fogo e água pra si mesmos. Eles se amavam e se odiavam por tempo integral. Ele ria da cara de louca dela, e ela ria da cara de insano dele. Ele chorava com as declarações dela. Ela chorava com as declarações dele. Eles riam de saudade e choravam quando estavam juntos.

Ah, quem vê isso pensa que são loucos. Quem vê isso acha uma piada. Quem escuta essas historias loucas deve pensar que é tudo inveção... é não...

Ele é ele. Ele é quem completa a vida dela. Ele é quem faz o dia dela começar com um simples bom dia. Ele é quem acalma os sonhos dela com um simples boa noite.

Ela é ela. Ela é quam faz o mundo dele girar. Ela é quem faz ele correr, e parar. Ela é quem faz ele ser quem ele é. Ela alegra e completa os dias dele.

Ela é ele. Ela decide se vão comer banana ou brócolis. Ela decide o filme que vão ver.

Ele é ela. Ele segue ela onde ela vai. Ele corresponde a tudo o que ela sente. Ele sabe onde parar e onde começar.

Ele é dela. Ela é dele. E ele sempre soube disso.

(já faz um ano e dois dias que o sim foi pela primeira vez. já fazem 3 meses que o sim foi dito pela segunda vez. ela sabe que é dele e sabe que ele é dela e ponto final)

Ela queria dizer pra ele com mais frequência o quanto o ama. Mas se fizer isso vai precisar dizer a todo momento.

Ela queria parabenizar ele por aguentar ela a mais de um ano (tarefa dificil pra ele, ela sabe).

Ela tem duas certezas: 1 - Hoje é um dia especial.
2 - a vida dela, sem ele, não seria absolutamente nada.

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